Li um texto sobre mulheres que cuidam de seus maridos doentes, o texto fala sobre um questionamento que já venho fazendo ha alguns dias.
É curioso como todas as atenções são voltadas somente para o paciente. Soa um tanto egoísta esse meu pensamento? É certo que não.
Ouço o telefone que toca e a pergunta do outro lado é sempre a mesma.
Como ele está?
Como passou o dia? Se alimentou? Descansou?
Quem pergunta do cuidador?
Quem pergunta da esposa?
Onde está a mulher?
O que ela tem pensado?
Como tem sobrevivido?
Nunca perguntei isso antes, até eu me ver a dona da história.
Ao lado de um marido doente existe uma mulher, uma esposa, uma mãe, uma pessoa...uma vida.
E toda a sua vida é transformada, seus sonhos são repensados. Sua vida pede para esperar.
É estranho ver muitas coisas acontecendo em minha volta e eu parada em meio ao tempo, vivendo a vida do outro.
Paro para refletir não com rancor, não quero que esse relato soe sombrio, egoísta ou qualquer coisa parecida. Quero apenas fazer uma reflexão sobre aquela que cuida. Quem são essas mulheres? Como estão ? Quem as vê?
Sinto que o papel delas é penoso e vem quase que como um castigo, uma ordem. Se são esposas tem o dever, se é o dever não necessita de cuidados.
Quando estamos diante do problema vemos como o ser humano muitas vezes continua primitivo.
Há que se ter um olhar mais humano para o cuidador mais ainda se veste é o filho, a mãe, a mulher...para que não adoeçamos também.
Oração da serenidade
Deus, concedei-me,
A serenidade para aceitar as coisas que eu não posso modificar;
Sabedoria para saber a diferença.
Vivendo um dia de cada vez;
Aceitando as dificuldades como o caminho da paz;
Que eu possa ser razoavelmente feliz nesta vida;
E infinitamente feliz com ele para sempre na próxima.
Amém.
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