sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A angústia do curador.


Diante da vida, ao olhar céu e terras, vejo um caminho de muito transitar.
Nada há que justifique o passo que não seja possível aqui, que não possa ser vivido aqui.
Todo passo é próprio. O que se carece é de coragem para o andar.

Não há mistério. É preciso coragem.
.


Ainda que não se veja bem a trilha, um passo só é seguro depois do outro.
Não há risco em caminhar. O risco é de estagnar.
Nada perco se faço o caminho. A dor que sinto é de perder o que já não tem mais sentido.
Não há como manter o adoecido.
Só resta a opção da cura.
.A doença em si não se mantém estagnada.
É da sua essência o movimento de retorno à evolução.
A estabilidade mantém a doença como está, boicota o primum movens da vida.
A estagnação não resiste ao passo da vida, assim como não é possível estagnar e ser feliz.
.O movimento é a vida. O coração é a vida.
O que se move, é!
.Não quero mais parecer satisfeito, não quero mais a falsa saciedade.
Não quero mais o vazio falsamente preenchido.
.
Quero o que é meu de direito, aquilo que me provê e sacia.
.
Não quero mais o que não quero e só no vazio me mantém.
Quero me preencher de verdade, da verdade de ser o que Eu Sou!"
.
Euder Airon

Texto  extraído http://dinamicasdaconvivencia.blogspot.com.br/

Como passou seu dia?



Li um texto sobre mulheres que cuidam de seus maridos doentes, o texto fala sobre um questionamento que já venho fazendo ha alguns dias.
É curioso como todas as atenções são voltadas somente para o paciente. Soa um tanto egoísta esse meu pensamento? É certo que não.
Ouço o telefone que toca e a pergunta  do outro lado é sempre a mesma.
Como ele está?
Como passou o dia? Se alimentou? Descansou?
Quem pergunta do cuidador?
Quem pergunta da esposa?
Onde está a mulher?
O que ela tem pensado?
Como tem sobrevivido?
Nunca perguntei isso antes, até eu me ver a dona da história.
Ao lado de um marido doente existe uma mulher, uma esposa, uma mãe, uma pessoa...uma vida.
E toda a sua vida é transformada, seus sonhos são repensados. Sua vida pede para esperar.
É estranho ver muitas coisas acontecendo em minha volta e eu parada em meio ao tempo, vivendo a vida do outro.
Paro para refletir não com rancor, não quero que esse relato soe sombrio, egoísta ou qualquer coisa parecida. Quero apenas fazer uma reflexão sobre aquela que cuida. Quem são essas mulheres? Como estão ? Quem as vê?
Sinto que o papel delas é penoso e vem quase que como um castigo, uma ordem. Se são esposas tem o dever, se é o dever não necessita de cuidados.
Quando estamos diante do problema vemos como o ser humano muitas vezes continua primitivo.
Há que se ter um olhar mais humano para o cuidador mais ainda se veste é o filho, a mãe, a mulher...para que não adoeçamos também.

Oração da serenidade

Deus, concedei-me,
A serenidade para aceitar as coisas que eu não posso modificar;
Coragem para modificar as coisas que posso, e
Sabedoria para saber a diferença.
Vivendo um dia de cada vez;
Desfrutando um momento por vez;
Aceitando as dificuldades como o caminho da paz;
Tomando, como ele fez, este mundo pecaminoso como ele e, não como eu gostaria que fosse;
Confiando em que ele fará todas as coisas certas se eu submeter-me a sua vontade.
Que eu possa ser razoavelmente feliz nesta vida;
E infinitamente feliz com ele para sempre na próxima.
Amém.








site do jornal The New York Times publicou, no último dia 9 de abril, texto tratando das mulheres que se dedicam a cuidar de seus maridos e companheiros doentes. Logo no início, a matéria dá conta de que cerca de 40 milhões de mulheres são as principais cuidadoras de alguém doente. Essas mulheres, diz o texto, costumam ser abordadas por conhecidos que querem saber como está o paciente, mas que nunca perguntam como elas se sentem – muitas vezes, elas estão lutando por seus empregos e cuidando dos filhos e da casa ao mesmo tempo em que olham pelo marido. Isso tem consequências: afeta o trabalho e a vida social dessas mulheres, pode lhes trazer problemas para dormir e inclusive afetar a situação financeira da família. Não à toa, a experiência é chamada por um especialista de um "passeio de montanha-russa no inferno". 

A matéria cita a psicoterapeuta norte-americana Diana B. Denholm, que foi cuidadora do marido doente por quase 12 anos e escreveu o livro "The caregiving's wife's handbook" (clique sobre o nome para visitar o site, em inglês) contando sua experiência e relatando também hiO site do jornal The New York Times publicou, no último dia 9 de abril, texto tratando das mulheres que se dedicam a cuidar de seus maridos e companheiros doentes. Logo no início, a matéria dá conta de que cerca de 40 milhões de mulheres são as principais cuidadoras de alguém doente. Essas mulheres, diz o texto, costumam ser abordadas por conhecidos que querem saber como está o paciente, mas que nunca perguntam como elas se sentem – muitas vezes, elas estão lutando por seus empregos e cuidando dos filhos e da casa ao mesmo tempo em que olham pelo marido. Isso tem consequências: afeta o trabalho e a vida social dessas mulheres, pode lhes trazer problemas para dormir e inclusive afetar a situação financeira da família. Não à toa, a experiência é chamada por um especialista de um "passeio de montanha-russa no inferno". 

A matéria cita a psicoterapeuta norte-americana Diana B. Denholm, que foi cuidadora do marido doente por quase 12 anos e escreveu o livro "The caregiving's wife's handbook" (clique sobre o nome para visitar o site, em inglês) contando sua experiência e relatando também histórias de outras mulheres em situação parecida. Em entrevista, a especialista diz que a tarefa pode ser especialmente dificil para aqueles cujo casamento já era complicado antes do surgimento da doença, ou seja, maridos que já eram violentos ou grosseiros quando saudáveis tendem a se tornar verdadeiros tiranos ao ficarem seriamente doentes. Isso, claro, torna o sofrimento das mulheres cuidadoras ainda maior.

O texto é longo, traz relatos de mulheres que enfrentam o problema e termina dando algumas dicas para tornar mais leve a tarefa de cuidar de alguém doente. Algumas dessas dicas são:

Não deixe que seu marido tire vantagens de você ou seja abusivo de alguma forma.
Peça ajuda quando você precisar.
Não assuma papeis/tarefas apenas porque alguém acha que você deveria.
Dê-se conta de que se sacrificar completamente não vai fazê-lo melhorar.
Veja o lado engraçado das situações e tente rir em vez de criticar.
Aprenda técnicas de relaxamento.
Tire vantagem do tempo que lhes sobra e divirta-se com seu marido como puder
Divirta-se você mesma, mesmo que ele não possa participar.
Cuide de si mesma alimentando-se bem, fazendo exercícios e dando um jeito de dormir o suficiente.
Proteja-se fisicamente. Não tente segurar seu marido se ele estiver caindo. Se você estiver machucada, não poderá cuidar mais dele.
stórias de outras mulheres em situação parecida. Em entrevista, a especialista diz que a tarefa pode ser especialmente dificil para aqueles cujo casamento já era complicado antes do surgimento da doença, ou seja, maridos que já eram violentos ou grosseiros quando saudáveis tendem a se tornar verdadeiros tiranos ao ficarem seriamente doentes. Isso, claro, torna o sofrimento das mulheres cuidadoras ainda maior.

O texto é longo, traz relatos de mulheres que enfrentam o problema e termina dando algumas dicas para tornar mais leve a tarefa de cuidar de alguém doente. Algumas dessas dicas são:

  • Não deixe que seu marido tire vantagens de você ou seja abusivo de alguma forma.
  • Peça ajuda quando você precisar.
  • Não assuma papeis/tarefas apenas porque alguém acha que você deveria.
  • Dê-se conta de que se sacrificar completamente não vai fazê-lo melhorar.
  • Veja o lado engraçado das situações e tente rir em vez de criticar.
  • Aprenda técnicas de relaxamento.
  • Tire vantagem do tempo que lhes sobra e divirta-se com seu marido como puder
  • Divirta-se você mesma, mesmo que ele não possa participar.
  • Cuide de si mesma alimentando-se bem, fazendo exercícios e dando um jeito de dormir o suficiente.
  • Proteja-se fisicamente. Não tente segurar seu marido se ele estiver caindo. Se você estiver machucada, não poderá cuidar mais dele.

Blog da ABH - Associação Brasil Huntington: Cuidando dos cuidadores: para mulheres que cuidam ...

Blog da ABH - Associação Brasil Huntington: Cuidando dos cuidadores: para mulheres que cuidam ...: O site do jornal The New York Times publicou, no último dia 9 de abril, texto tratando das mulheres que se dedicam a cuidar de seus maridos...

Faça o dia entrar em sua casa.


QUEM CUIDA, SABE DA IMPORTÂNCIA DO SOL, DO DIA E DA NOITE.

DO DESCANSO, DAS VISITAS, DO SILÊNCIO, ENFIM…

A CADA DIA, DEIXE QUE ELE – O DIA - ENTRE EM SUA CASA,

ABRA PORTAS E JANELAS

A SUA CASA PRECISA DO AR EXTERNO PARA SER HIGIENIZADA, OXIGENADA

ASSIM COMO SEU PACIENTE PRECISA RESPIRAR O AR DA MANHÃ, DA TARDE

FECHAR AS JANELAS, AS PORTAS, E RECOLHER-SE PARA O SILENCIO DA NOITE.

NÃO DEIXE QUE O DEPENDENTE SINTA-SE COMO NUM GRANDE E VAZIO DIA ENORME

AS HORAS DO DIA, OS PERÍODOS, PRECISAM SER MARCADOS PARA A CONTAGEM

PELO SEU CORPO, PELA SUA ALMA.

O CUIDADOR É QUEM PODE E PRECISA AJUDAR A FAZER ESTA REALIDADE

MAIS PROXIMA.

O CUIDAR É TER CARINHO PELOS DETALHES.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Oração.


O dia mais belo: hoje
A coisa mais fácil: errar
O maior obstáculo: o medo
O maior erro: o abandono
A raiz de todos os males: o egoísmo
A distração mais bela: o trabalho
A pior derrota: o desânimo
Os melhores professores: as crianças
A primeira necessidade: comunicar-se
O que traz felicidade: ser útil aos demais
O pior defeito: o mau humor
A pessoa mais perigosa: a mentirosa
O pior sentimento: o rancor
O presente mais belo: o perdão
o mais imprescindível: o lar
A rota mais rápida: o caminho certo
A sensação mais agradável: a paz interior
A maior proteção efetiva: o sorriso
O maior remédio: o otimismo
A maior satisfação: o dever cumprido
A força mais potente do mundo: a fé
As pessoas mais necessárias: os pais
A mais bela de todas as coisas: O AMOR!!!
Madre Tereza de Calcutá

Cartilha do cuidador.

Texto extraido do http://cuidandodocuidador.wordpress.com/


Nossa cartilha é dedicada aos cuidadores que, com seu trabalho diário, levam maior qualidade de vida para os idosos.
Elaboração:
Ana Paula M. Pinto;
Dilma Barbiere;
Edna Mara Marcolino;
Soraia Correa Carvalho
Rosa Ferraz.

Auto Cuidado
Cuidar de si mesmo, buscar quais são as necessidades do corpo e da mente, melhorar o estilo de vida, evitar hábitos nocivos, desenvolver uma alimentação sadia, conhecer e controlar fatores de risco que levam á doenças, adotar medidas de prevenção de doenças. Todas essas ações visam à melhoria da qualidade de vida.

1.Planeje o seu dia
Escolha o período em que tem mais energia e deixe para estes horários as tarefas de maior responsabilidade ou que exijam maior criatividade.
  1. Defina prioridades
Não queira fazer tudo ao mesmo tempo, nem queira fazer tudo sozinho, faça uma lista de suas prioridades e tente cumpri-la. Coloque os assuntos que exigem mais em primeiro lugar, mas tente não descuidar dos pequenos assuntos que tendem a ficar esquecidos.
  1. Saiba dizer NÃO
Quando se sentir demasiadamente pressionado tenha coragem de dizer basta!
  1. Crie um bom ambiente
Pensamentos positivos ativam as energias positivas em todos nós.
E depois simpatia gera simpatia.
Elogie, seja prestativo e simpático.
  1. Procure Ajuda
Reconheça suas limitações e quando e onde procurar ajuda
  1. Divida tarefas
Rodizie os cuidados com outros membros da família (ou outro cuidador) para que você possa ter um período de férias!!…
  1. Pense em você
Presenteie-se após a realização de um trabalho complicado.
  1. Faça exercícios físicos
         Movimente-se!
         Vá à academia
         Faça Caminhada
  1. Alimentação
         Coma devagar
         Faça as refeições em lugares tranqüilos
         Coma a intervalos regulares
         Beba bastante líquido
10.   Lazer
         Conviva com os amigos
         Curte sua família
         Assista um bom filme
         Viaja sempre que possível
         Vá ao teatro
         Saia para dançar
11.   Não Esqueça:
         Enquanto estiver assistindo à TV:
         Movimente os dedos das mãos e dos pés para mantê-los        flexíveis; Massageie os pés com as mãos, ou com rolinhos de madeira ou com bolinhas.
         Ao se levantar pela manhã: alongue os músculos
         Compressas quentes (bolsas térmicas,  tecidos       umedecidos em água quente)  auxiliam no relaxamento  muscular…
         Sempre que possível, aprenda uma atividade nova, leia um livro novo.  

Momentos difíceis : busque a DEUS

Oração do cuidador.


  
Cuida, Senhor, do meu paciente.
Une nossos corações.
Irmana a nossa família. 
Dirige minhas atitudes
Acalma seus anseios.
Desculpa meus cansaços.
Orienta meus passos.
Recupera minhas forças.
Norma Quintella


Eu sei, mas não devia.



Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. 
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto. 
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.  

Marina Colasanti.

Um dia de cada vez.



Tem dias que a gente acorda com aquela impressão que o dia de ontem ainda não passou, estranho não? É
quando parece que todos os dias são exatamente iguais..numa rotina discreta e lenta.
E muitas vezes constatamos que sim, nossos dias estão cada dia mais iguais e é preciso buscar em meio a letargia algo novo que nos faça se sentir na vida , muito mais que simples coadjuvantes mas um personagem principal.
Falo sobre essas coisas pois é exatamente assim que me sinto muitas vezes, e é por isso que criei este blog, para aprender, dividir e compartilhar com pessoas que dividem ou tentam dividir com justiça e amor a sua vida com pessoas que necessitam por motivo de força maior dos nossos cuidados. Para que assim no dividir de experiencias possamos nos tornar mais humano, e fazer com que não transformemos  o que escolhemos viver em algo pesado e duro, mas sim aprender todos os dias com amor com  aqueles que necessitam criar forças para viver um dia de cada vez...